Lajes nervuradas são constituídas por conjunto de vigotas que se cruzam, apoiadas em uma mesa estrutural, e que aparecem como elementos estruturais salientes na espessura de lajes.
A essas “vigas” salientes dá-se o nome de nervura. Reza a ABNT NBR 6118/2003 que lajes nervuradas são “moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração é constituída por nervuras, entre as quais pode ser colocado material inerte”. O sistema estrutural nervurado tridirecional é assim denominado pela disposição de nervuras, protendidas ou não, em três direções – enquanto no sistema bidirecional estão dispostas em apenas duas direções.
Recomendadas para grandes vãos e cargas elevadas, representam um avanço em relação às lajes maciças, pois carecem de menor quantidade de materiais (concreto e aço), favorecendo espaços livres para edificações comerciais, residenciais e garagens. A lógica é direcionar esforços para pilares, aliviando (ou mesmo eliminando) vigas – o que favorece a redução da espessura final da laje. Segundo Bastos, “nervuras são dispostas a 45° em relação ao contorno dos painéis de lajes, que ficam apoiadas diretamente sobre pilares”.
O engenheiro chama atenção para a avaliação do tipo de cimbramento a ser utilizado nas nervuradas tridirecionais. “A conformação das nervuras a 45° pede seu rearranjo; é preciso incluir maciços na região de apoio da laje sobre pilares, no momento de retirada das fôrmas plásticas”, conclui.